quarta-feira, junho 24

De volta para casa.



Retrocedia a voltar para aquele passado do qual eu dei o primeiro passar para fugir. “Voltar!”, o vento me soava tão claro, eu nem ansiava acreditar. Eu acordei de um pesadelo tão claro, e no fundo dele tão escuro. Em outra vida eu disse adeus, e por algum acaso nessa nova vida eu tive que fazer o certo. Seguir o ritmo, seguir o anseio, os passos. As vontades. Não me olhe assim, andei perdida por tanto tempo... E agora que me encontrei. De volta para casa, as portas, janelas, e tinturas, se encontram mudadas como eu.

4 comentários

  1. tudo mudado
    transformado
    mas sinta-se bem-vinda ao lar como sempre

    que bom que voltou

    beijos

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  2. Parece que o lado bom da história é que enquanto ela acontecia havia a esperança de um lar esperando.

    Hoje, te deixo um poema de um baino consagrado... Acho que vai gostar do título.


    O ROSTO NA CHUVA

    Esse rosto na chuva
    te olha.
    É uma chuva longa, uma
    de muitos anos e viagens
    correndo por esse rosto.

    Densa como sangue, chove.
    No rosto, outros rostos
    cintilam,
    gotas esparsas.
    Assim casas, cidades, nomes,
    animais,
    marés do peito abismo.

    Esse rosto na chuva
    te reflete
    com o que a vinda,
    vida,
    te doou e às vezes inscreveu
    tão fundo que lá não desces.

    Esse rosto
    na chuva que circula
    em tuas veias
    te punge com mil irresgatáveis
    e
    áspero cresce
    sob a pele suave do teu rosto.

    (Ruy Espinheira Filho)

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  3. ebaa.. voltouu !
    adoro suas poesiias ! heheh
    bjoos

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Um beijo.

© O Ritmo da Chuva.
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