Sonhei que viajava para outro estado e me hospedava em uma pousada. Lembro apenas de chegar com as malas, tomar um drink e, de repente, apagar. Quando acordei, estava deitada sobre uma pedra, ao lado de outras pessoas. Uma moça me explicou que eu havia chegado cansada e adormecido ali mesmo, na área externa da pousada.
Logo depois, uma funcionária da limpeza, com um olhar muito triste, me ofereceu algo para beber. Assim que tomei, flashes começaram a surgir na minha mente. Ela me contou que, desde o momento em que eu cheguei, eles me dopavam e me maltratavam sem que eu percebesse. Disse que era uma prática comum naquele lugar.
Vi meu celular e percebi que, naquele mesmo dia, eu tinha uma passagem marcada para voltar para casa. A moça continuou: contou que, por eu ser “rebelde”, me deixavam dias sem comida, sem roupas, exposta ao sol, sempre drogada. Quando eu “me comportava”, deixavam o efeito da droga passar — mas eu não me lembrava de nada disso. Apenas daquele dia específico em que acordei. Durante esse tempo, pegavam meu celular e se passavam por mim nas redes sociais.
Imediatamente comecei a juntar minhas coisas para ir embora. A moça me ajudava. Mas um rapaz da pousada percebeu minha movimentação e começou a me questionar. Eu respondia, nervosa, que tinha pressa para não perder o voo. Quando terminei de arrumar as malas, ele insistiu em me levar, mas eu disse que já estava tudo resolvido e que alguém iria me buscar.
De repente, todos os hóspedes começaram a dizer que iam sair, e a casa foi esvaziando — só o rapaz ficou. Com muita sede, bebi água da geladeira. Logo notei que a funcionária da limpeza tinha ido até a portaria. Fui atrás dela, com medo de ficar sozinha. Ao chegar à frente do local, procurei por ela, mas comecei a me sentir mal. Afastei-me da casa e sentei no chão para me recuperar.
Quando dei por mim, já era noite. O homem ainda estava sozinho na casa. Corri, peguei minhas coisas e saí apressada. Mas percebi que meu celular havia sumido. Ao chegar no aeroporto, pedi para usar o telefone na área de atendimento e liguei para o meu pai, dizendo que precisava de ajuda e pedindo para ele me esperar lá. Estava com medo de que alguém daquela quadrilha estivesse me vigiando.
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