sexta-feira, março 6
sábado, agosto 25
Como saber quem eu sou de verdade?
Como voltar para casa? Eu me sinto vivendo um dia após o outro, largada e implorando que isso acabe o mais rápido que puder. Não entendo os planos de Deus, só espero que faça sentido. Porque não me vejo limpa.
Sentado no chão do banheiro, deixo a água cair sobre meu corpo e a presença da paz reina. Procurando proteção de quem um dia alcançou e conseguiu deixar escapar dentre os dedos. E ainda posso viver a chuva sobre em mim, de olhos fechados percebo minha alma se envolver em fino caso de compaixão. Buscando ter forças para seguir em frente, só não quero que acabe, porque sei que quando voltar, eu vou voltar para todos os meus problemas e encarar pessoas com um sorriso estando fingindo ser alguém que eu não sou. Na real, não sei nem quem eu sou de verdade. Eu me perdi, eu fugi, e não sei o caminho de volta.
Ela se cansa.
domingo, maio 21
A Ponte.
Putz! A vida é tão intrigante, não adianta dançar nos passos da música. Não é o suficiente. Precisa ter seu próprio ritmo. Precisa ter seu jeito, o sorriso, a maneira de como clichê faz sentido e como se entregar é leve.
quarta-feira, abril 6
Sobra eu mesma.
Às vezes, me arrepio só de lembrar das certezas de quem sou. Isso sempre vai se basear em confiar em si próprio, eu sou mais eu. E onde está a sua auto confiança?
Tive muitos sonhos na vida, acredito sempre naquilo que faz meu coração vibrar de um jeito tão engraçado que me faz sorrir. Em alguns momentos que lembro, estive sozinha e na maioria desses momentos, eu não senti medo. Quando criança, meu pai me ajudou de diversas formas, ele depositou sua confiança em mim e soube me criar a ser independente. Ele precisava que eu fosse, mas ficou surpreso. Não é algo que se cria na verdade, vem de dentro, você molda, já faz parte de você.
Sabe quando quem você ama te deixa caminhar com as próprias pernas? É a mentira mais doce que se pode esperar para te testar, você pode no fundo acreditar que está sozinho, mas a verdade é que você nunca vai estar. Posso olhar para atrás, noto que oito anos se passaram. Aos dezoito anos, tive outros sonhos diferentes do que tenho na face hoje. Era tímida, introvertida com meus amigos, e em casa sempre fui quem sou de verdade. Chega a ser engraçado quem me conheceu no passado conversa com alguém que me conhece hoje. E é nesse Hoje, eu sinto falta da minha irmã dizendo quase todos os dias o quão louca ela me acha. Mas falar dela ainda dói o peito e isso é outro pano para manga. Pareceu ilusório, mas é real. Não entendo bem como eu mudei, talvez só tenha me sentido a vontade em viver externamente. Conheci pessoas que me moldaram, que me fizeram mais fortes e fracas em muitas situações. E aos vinte quatro anos, me sinto viva. De um jeito tão meu.
Não quero outra vida, tenho personalidade o suficiente e gosto de me sentir independente. Para quem me conheci até pouco, se faz notório. Muitos confundiram, se irritaram, até hoje não me entenderam. Mas chegou um tempo que percebi que não valia mais a pena não transmitir toda minha intensidade por mais confuso que se mostrasse. Talvez, tive que juntar meu coração tantas vezes chegando em ponto insuportável, que precisei mudar. Não é uma máscara negra. Sou eu mesma sobrevivendo do meu jeito. Como sempre fiz. E como sempre vou fazer.
Um dia, me disseram que meu maior defeito era minha auto confiança. Que é de um exagero absurdo. Mas eu luto todos os dias para fazer disso meus dias de glória.